monstros s.a (3)

mais uma sequencia de nossos amigos, os monstros

os dois primeiros são de Aldrovandi. na verdade a intelectualidade europeia, no momento em que nascia o humanismo e a renascença, procurava dar explicações racionais aos monstros de seu período de pensamento mágico, e assim floresceram os primeiros atlas naturalistas recheados de imagens de carneiros e ovelhas ao lado de unicórnios e sereias, como por exemplo na obra célebre de Jan Jhonston. hic sunt dracones era uma expressão latina racionalmente inscrita nos primeiros mapas europeus. assim, naqueles primeiros tempos, passava-se a acreditar que os monstros eram, enfim, animais, maravilhas criadas por Deus.

com o passar dos séculos, mapeados todos os animais de nosso planeta, aqueles que resistiram nos nichos da imaginação e folclore, como o Yeti e o Boi-Tatá (e, claro os clássicos europeus) resgataram sua nobre origem: o pensamento mágico.

já esta outra imagem é a de um basilisco (eu garanto) em muito diferente daqueles a que estamos acostumados. em verdade, quem já viu uma mula-sem-cabeça aqui no Brasil não teria medo deste bichinho aí. mas, ao menos em certas regiões do Chile é assim que eles são vistos. contudo há coisas a que se temer mais, em Chile e Patagônica, como por exemplo, o Invunche.

aldrovandi

De origens nobres, a sua família queria que fosse aprendiz de mercador, mas Aldrovandi encontrou a sua vocação no estudo das humanidades e do direito nas universidades de Bolonha e Pádua, e tornou-se notário. Posteriormente, os seus interesses viraram-se para a filosofia e a lógica, que combinou com o estudo da medicina. Acusado de heresia em 1549, foi levado para Roma para ser julgado. Enquanto permanecia em semi-cativeiro nessa cidade, foi-se interessando cada vez mais pela botânica, zoologia e geologia (sendo-lhe atribuída a invenção ou primeira menção escrita deste termo). Entre 1551 e 1554, organizou várias expedições para colher plantas para um herbário. Ele obteve um diploma em medicina e filosofia em 1553 e começou a ensinar lógica e filosofia na universidade de Bolonha em 1554. Em 1559 tornou-se professor de filosofia e em 1561 tornou-se o primeiro professor de ciências naturais em Bolonha (lectura philosophiae naturalis ordinaria de fossilibus, plantis et animalibus). A seu pedido e sob a sua direcção, foi criado em 1568 um jardim botânico em Bolonha. Em 1575, foi suspenso de todos os empregos públicos por um período de cinco anos, devido a uma disputa com os farmacêuticos e médicos de Bolonha, acerca da composição de um medicamento popular. Em 1577, obteve o auxílio do papa Gregório XIII (um primo da sua mãe), que escreveu às autoridades de Bolonha para o reintegrarem nos seus cargos públicos e solicitando apoio financeiro para a publicação dos seus livros. Ao longo da vida, Aldrovandi reuniu vastas colecções de botânica e zoologia, que passaram, depois da sua morte, para a posse do museu da universidade. (extraido da wikipedia)

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